Na próxima quinta-feira (12), os credores da massa falida da Laginha Agro Industrial S/A, empresa do falecido ex-deputado João Lyra, avaliarão propostas de desconto superiores a 60% nas dívidas da companhia com bancos e a União. A Assembleia Geral de Credores (AGC), antes adiada por falta de quórum, será retomada em um cenário de disputas judiciais, agora sob responsabilidade confirmada do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL) pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Entre os principais itens em discussão estão o plano de venda de ativos e propostas da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) e do Bank of America. A PGFN sugeriu um deságio de 62% na dívida com o governo federal, o que pode acelerar a liquidação de bens e garantir honorários de até R$ 500 milhões aos procuradores da União.
Na última semana, o ministro Kassio Nunes Marques, do STF, rejeitou uma ação da ex-esposa de Lyra, que alegava parcialidade do TJAL. A decisão reforça os esforços para concluir o processo, conduzido pela 1ª Vara de Coruripe, com foco na recuperação de ativos e na pacificação de disputas entre os credores.