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Os deputados Eduardo Bolsonaro, Carla Zambelli, Nikolas Ferreira e outros quatro parlamentares são alvo de processos abertos nesta segunda-feira, 30, pelo Conselho de Ética da Câmara. O Conselho também sorteou a lista tríplice de integrantes que poderão relatar os processos. A informação é do jornalista Paulo Cappelli, do Metrópoles. Desde o começo do ano, o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), tem feito apelos para que os parlamentares não percam a compostura no plenário.
Nikolas é acusado de transfobia pelo episódio em que vestiu uma peruca amarela no Dia Internacional da Mulher, em 8 de março, e se apresentou na tribuna da Casa como “deputada Nicole”. Em tom irônico, o parlamentar disse que se sentia uma mulher e, por isso, teria local de fala na data. Nikolas foi o deputado mais votado do País na última eleição, com quase 1,5 milhão de votos. Na representação, PSOL, PSB, PCdoB, PDT e PT pedem que ele seja punido com a cassação do mandato.
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Após a fala no plenário, o deputado recebeu uma reprimenda pública de Lira. “O Plenário da Câmara dos Deputados não é palco para exibicionismo e muito menos discursos preconceituosos. Não admitirei o desrespeito contra ninguém. O deputado Nikolas Ferreira merece minha reprimenda pública por sua atitude no dia de hoje”, escreveu o presidente da Câmara, no Twitter. “A todas e todos que se sentiram ofendidas e ofendidos minha solidariedade”, emendou.
O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, por sua vez, defendeu o correligionário. “A liberdade de expressão e suas prerrogativas parlamentares serão defendidas pelo nosso partido sempre que ele estiver exercendo seu mandato, manifestando sua opinião. Conte conosco, Nikolas! O PL estará sempre contigo”, escreveu Costa Neto, em 10 de março, em sua primeira publicação no Twitter.Zambelli, por sua vez, é acusada de ter extrapolado as prerrogativas parlamentares ao xingar o deputado Duarte Júnior (PSB-MA) durante uma audiência da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado que contou com a presença do ministro da Justiça, Flávio Dino, em 11 de abril.
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Um dos filhos de Jair Bolsonaro, Eduardo deve responder por suposta quebra de decoro ao xingar o deputado Marcon (PT-RS), que havia questionado a veracidade da facada sofrida pelo ex-presidente na campanha eleitoral de 2018. O deputado Márcio Jerry (PCdoB-MA), por sua vez, é acusado pelo PL de ter assediado a deputada Júlia Zanatta (PL-SC) ao chegar por trás da parlamentar e falar ao pé do ouvido dela durante uma audiência na Câmara.O deputado José Medeiros (PL-MT) é acusado de intimidar a presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR).
A representação contra a deputada Juliana Cardoso (PT-SP) foi feita por suposta quebra de decoro parlamentar durante sessão da Câmara que aprovou a urgência para o projeto do marco temporal para demarcação de terras indígenas. A deputada Talíria Petrone (PSOL-RJ), por sua vez, é acusada de ter atacado e ofendido o deputado Ricardo Salles (PL-SP) durante uma reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga as invasões do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Já Eduardo Bolsonaro tem 13 processos em andamento no Conselho de Ética. Segundo o jornalista, no processo instaurado ontem, ele é acusado pelo PT de “intimidar, xingar e ameaçar” o deputado Marcon durante sessão da Comissão do Trabalho.
Marcon havia questionado a veracidade da facada sofrida pelo pai de Eduardo, Jair Bolsonaro, na campanha presidencial de 2018. O Conselho de Ética também instaurou processos contra José Medeiros, Talíria Petrone, Juliana Cardoso e Márcio Jerry, este acusado de importunação sexual contra deputada Julia Zanata.
Fonte – Extra
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