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Ultimamente, o protagonismo de figuras políticas alagoanas, em nível nacional, tem sido compartilhado pelo deputado federal Arthur Lira (PP/AL) e pelo senador Renan Calheiros (MDB/AL) – uma das maiores expressões da legenda no Congresso Nacional.
Nesta semana, outro personagem está dividindo os holofotes com Lira e Renan: o deputado federal Isnaldo Bulhões Júnior (MDB/AL), líder do seu partido na Câmara.
Ele é relator da Medida Provisória que propõe mudanças nas atribuições dos ministérios do governo Lula (PT) e está sendo acusado de esvaziar as funções do Ministério do Meio Ambiente, que tem à frente a ex-senadora Marina Silva, filiada ao partido Rede Sustentabilidade.
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E ele explica sua postura em relação à ministra:
“Ela está se posicionando totalmente fora do contexto, indo de encontro ao pensamento do governo. Quando ela fala, não sei se movida por um espírito narcisístico, que o Ministério do Meio Ambiente ou a política de proteção ao meio ambiente está sendo esvaziada, isso não é verdade. As competências estão todas sendo preservadas, isso é uma política de Estado, não é uma política individual, de pessoa.”
Em seu relatório, que foi aprovado por 15 votos na comissão mista que aprecia o relatório, Isnaldo Bulhões retira do Meio Ambiente a Agência Nacional de Águas (ANA) e o Cadastro Ambiental Rural (CAR), excluindo da pasta a gestão de resíduos sólidos e, do Ministério dos Povos Indígenas, retira as atribuições para demarcação dos territórios.
Outras propostas do relatório que foram aprovadas e são questionadas inclusive por integrantes do governo:
– retira o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) do Ministério da Fazenda, transferindo-o para o Banco Central;
– esvazia atribuições do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), que tem à frente o deputado Paulo Teixeira (PT), aliado do Movimento Sem Terra (MST), reforçando o grupo ruralista;
– transfere algumas funções da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a Agricultura, comandada por Carlos Fávero (PSD), diminuindo o peso político do Ministério do Desenvolvimento Agrário;
– desloca o Cadastro Ambiental Rural (CAR) é deslocado do Ministério do Meio Ambiente para o Ministério da Gestão.
Em função desse posicionamento de Isnaldo Bulhões Júnior, a situação no Congresso Nacional está próxima do “Samba do Crioulo Doido”, imortalizado pelo saudoso jornalista Stanislaw Ponte Preta: ninguém garante quem é governo, ninguém sabe quem é oposição.
Fonte – Blog do Flavio Gomes de Barros
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