Com a aproximação das convenções partidárias neste sábado, 20, o PT, liderado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e o PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, preparam-se para oficializar seus candidatos às eleições municipais de outubro. O PT planeja apresentar candidatos em 14 capitais, enquanto o PL deve lançar nomes em 15. No entanto, os dois partidos deverão se enfrentar diretamente em apenas nove das 26 capitais estaduais.
Nesta eleição, o PT adotou uma estratégia diferente, priorizando alianças em vez de candidaturas próprias. Historicamente, o partido tende a lançar o maior número possível de candidatos para afirmar sua presença. Contudo, para conter o avanço do bolsonarismo nas prefeituras e visando alianças para 2026, o partido optou por não lançar candidatos em cidades importantes, como São Paulo, onde apoia Guilherme Boulos, do PSOL.
O PL, por sua vez, entra na disputa com o objetivo ambicioso de eleger 1,5 mil prefeitos, um salto significativo em relação aos 348 eleitos em 2020. O partido planeja lançar candidatos em diversas cidades, visando as eleições de 2026. A estratégia é que, mesmo que seus candidatos não sejam eleitos, eles ganharão visibilidade, aumentando suas chances de conquistar vagas na Câmara ou no Senado no próximo ciclo eleitoral.
A disputa municipal deste ano é vista por petistas e bolsonaristas como um prelúdio para as eleições de 2026, quando ambos os grupos buscarão aumentar sua representação no Congresso e disputar a Presidência da República. Embora as eleições municipais geralmente tenham um foco local, analistas preveem que a campanha terá um tom nacional, com a narrativa de “nós contra eles” prevalecendo. Nas capitais onde PT e PL se enfrentarão diretamente, a polarização se intensifica, refletindo o resultado das eleições de 2022.