São muitos os políticos com ou sem mandato, em todo o país, que ligaram o alerta após a condenação do ex-presidente Collor, pel STF (ainda saberemos a pena que ele deverá cumprir – se for o caso).
Os últimos movimentos dos tribunais “superiores”, em Brasília, parecem indicar alguma mudança – que, bem sabemos, dá e passa.
Não por acaso, Dallagnol, o ex-procurador do PowerPoint, foi cassado pelo TSE, numa ação que gerou uma discussão de pura hermenêutica, essa coisa tão marcante no Judiciário brasileiro.
Outros virão?
É bem possível, e por algum tempo será assim.
Entretanto, ninguém por aqui, em terras caetés, se aperreia com essas “questões menores”.
Arthur Lira e Renan Calheiros vivem colecionando decisões que lhes são favoráveis, na mesma medida em que acumulam poder.
Paulo Dantas nada tem a temer no TRE, onde uma ação tenta cassar o seu mandato de governador. No STJ, a Operação Edema já deu o que tinha de dar. Já habita alguma gaveta na escuridão do porão por lá.
Marcelo Victor, que viu expostos na mídia de todo ao país, os sacos de dinheiro que guardava às vésperas da eleição do ano passado, ri porque rico ri à toa. No caso dele, é tanto poder que não sabe nem mais onde botar (o poder, certo?).
É verdade: tem o inquérito da PF, no mesmo caso, que ainda não chegou ao conhecimento do grande público. E se chegar, será apenas isso. Fazer as “amizades” vale mais do que ser sócio de um banco.
É coisa fina, mesmo quando a história engrossa.
Fonte – Cada Minuto