Sinceramente nunca achei que as grandes lideranças nacionais influenciem, para valer, o eleitorado local nas disputas paroquiais.
Por mais que o discurso caminhe nesse sentido, duvido muito que algum eleitor ou eleitora de Paulo Dantas, por exemplo, tenha votado nele por causa de Lula, afinal, o governador de Alagoas sempre foi ligado ao campo mais conservador da política alagoana – por óbvio, bem à direita do atual presidente da República. Dizer o contrário pode ser apenas um tentativa de absolvição da própria consciência (e do entorno mais crítico).
O que vale para Dantas, assim me parece, deve valer também para JHC, que declarou seu amor político por Bolsonaro, às vésperas da eleição do segundo turno, no ano passado.
O prefeito de Maceió é um desses personagens indefinidos – ou indefiníveis – do ponto de vista ideológico e há de contar com suas próprias forças nas eleições do próximo ano e seguintes – independentemente de quem estiver na presidência (ainda que seja Lula e tenha sido Bolsonaro).
Os demais, pelo menos os mais conhecidos bolsonaristas locais, haverão de defender as suas bandeiras conservadoras e de extrema-direita, apostando que elas vão se manter em alta mesmo sem o seu ponto de interseção – agora fora do jogo.
Nesse pacote estão Alfredo Gaspar, Fábio Costa e Leonardo Dias, este último com uma urgência eleitoral mais evidente.
Fonte – Cada Minuto