Os investimentos em transporte e mobilidade estão crescendo. Conforme foi anunciado no novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) apresentado pelo Governo Federal em agosto, serão destinados R$ 94,2 bilhões para o setor ferroviário, sendo R$ 6 bilhões de investimentos públicos e R$ 88,2 bilhões de aportes privados.
De acordo com Rogério Neves, CEO da CPE Tecnologia, empresa que atua no mercado de soluções para geotecnologia, esse movimento é muito importante, pois mostra como o tema ‘mobilidade’ está sendo tratado. “Por meio da construção de ferrovias podemos conectar áreas afastadas aos grandes centros urbanos e estabelecer caminhos entre cidades para facilitar o transporte de pessoas e cargas, além do escoamento de produção agrícola e industrial”, diz.
Para que as obras previstas possam ser concluídas com êxito, Neves diz que é necessário investir em tecnologia. “O mercado de geotecnologia oferece recursos tecnológicos importantes, com equipamentos cada vez mais essenciais para a execução desses projetos, como lasers scanners, drones, estações totais e outras ferramentas capazes de fazer leituras e medições de terrenos e gerar modelos em 3D. Isso é bom, porque torna mais preciso e assertivo o trabalho de topógrafos, engenheiros, cartógrafos, geógrafos e outros profissionais”, comenta.
O executivo diz ainda que além dos aportes em equipamentos mais atuais, é necessário investir na capacitação contínua dos profissionais. “Esses trabalhadores são os responsáveis por projetar e fazer a gestão das obras desde a fase de planejamento até a finalização, por isso precisam contar com treinamentos constantes a fim de saberem utilizar as ferramentas com precisão para obter os resultados desejados. Essas capacitações devem ser disponibilizadas tanto pelo poder público quanto pelas empresas do ramo”, reforça.
Neves destaca ainda que há muitas oportunidades pela frente e é importante que esses investimentos sejam feitos a fim de desenvolver o país. “A construção de ferrovias é fundamental para aprimorar a logística e reduzir custos com transporte em um país com dimensões continentais como o Brasil, principalmente por conta do potencial produtivo da nossa indústria e da nossa agricultura. Construções desse tipo desenvolvem cidades e trazem inúmeros benefícios para a economia”, completa.