Uma obra esperada com ansiedade por centenas de pacientes renais de São José da Tapera e do alto sertão, continua gerando frustração. A Clínica de Hemodiálise Sara Bezerra, construída e oficialmente inaugurada há cerca de quatro meses, permanece com as portas fechadas e sem oferecer atendimento à população.
A estrutura física está pronta, o prédio está de pé, os equipamentos foram instalados – mas o serviço essencial que deveria estar salvando vidas ainda não começou a funcionar. Enquanto isso, pacientes seguem enfrentando longas e cansativas viagens para outras cidades em busca de tratamento, lidando com os altos custos de deslocamento e o impacto direto na própria saúde.
A situação tem revoltado moradores e gerado questionamentos. Afinal, o que falta para que a clínica comece a atender? Por que uma clínica tão importante segue inativa, mesmo após sua inauguração?
Segundo informações extraoficiais, a demora estaria relacionada a entraves burocráticos e à falta de alinhamento entre os órgãos responsáveis pela gestão e operacionalização do serviço. Enquanto a papelada emperra, quem depende da hemodiálise segue à margem do cuidado que já deveria estar garantido.
A população pede transparência e ação imediata das autoridades responsáveis. É inadmissível que, diante de uma estrutura pronta, vidas sigam em risco por falta de vontade política ou excesso de burocracia.
O apelo é claro: é hora de fazer com que a Clínica de Hemodiálise Sara Bezerra cumpra sua função social. Cada dia com os portões trancados representa um retrocesso no direito à saúde e uma ameaça real à vida de quem já enfrenta uma rotina de luta contra doenças renais.
A comunidade de São José da Tapera e de todo alto sertão segue atenta — e cobrando.