A violência política de gênero voltou a ser pauta após uma declaração polêmica do senador Plínio Valério. Durante um evento, ele fez um comentário considerado ofensivo e violento contra a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva: “Imagina você ouvir uma mulher falando por muito tempo e não ter vontade de enforcá-la”.
A fala gerou indignação, e uma das vozes que se levantaram contra esse tipo de discurso foi a da deputada estadual Cibele Moura. Em suas redes sociais, ela repudiou o comentário, classificando-o como um reflexo da resistência que ainda existe contra a presença feminina no poder. “Esse absurdo mostra, mais uma vez, que há pessoas que ainda não estão preparadas para ver mulheres ocupando posições de poder”, afirmou.
Direta em sua resposta, Cibele reforçou que as mulheres continuarão a ocupar cargos de liderança e não aceitarão ser silenciadas. “As mulheres vão ocupar cargos de poder. Estamos presentes porque é pelas mulheres do Brasil. Para que nenhuma mulher seja calada, silenciada e muito menos enforcada.”
A deputada também ressaltou a necessidade de maior comprometimento das instituições no combate à misoginia e na proteção de mulheres na vida pública. Segundo ela, a violência política de gênero segue como um desafio, mas não impedirá que as mulheres continuem conquistando seu espaço.
“Episódios como esse reforçam a necessidade de um maior compromisso das instituições no combate ao machismo e na criação de mecanismos que protejam as mulheres na vida pública. Não podemos aceitar que o machismo e a misoginia continuem sendo normalizados no Brasil. As mulheres têm o direito de falar, de liderar e de decidir o rumo do nosso país sem serem alvo de violência ou intimidação”, concluiu.
Cibele Moura tem sido uma das parlamentares que mais atuam na defesa dos direitos das mulheres, com projetos e iniciativas voltadas à garantia da participação feminina na política de forma segura e igualitária.