O diretor-presidente da Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal), Luiz Neto, participou do painel “O desafio da universalização do saneamento no contexto do Marco Regulátorio”, durante o Gazeta Summit Água. No evento, ele abordou a reestruturação da Casal e a relevância das concessões para garantir que toda a população alagoana tenha acesso a serviços de água e esgoto.
Segundo Luiz Neto, a previsão para os próximos anos é a criação do Bloco D de concessão, que contemplará 27 municípios atualmente sem atendimento pelas três concessionárias que operam no estado. Ele ressaltou que as parcerias com a iniciativa privada são fundamentais para acelerar os investimentos necessários na infraestrutura de saneamento. “A população não pode e não deve ser penalizada pela incapacidade do Estado de prover água e esgoto nas residências”, afirmou.
O diretor-presidente destacou ainda que garantir o acesso da população a serviços básicos com qualidade é uma prioridade do Governo de Alagoas, justificando os altos investimentos na área. Ele também explicou o papel da Casal no modelo de concessão, atuando como um hub essencial para a estrutura que envolve as concessionárias BRK, Águas do Sertão e Verde Alagoas. “Se a Casal não produz a água, o modelo não funciona”, pontuou.
Atualmente, a Casal também presta serviços diretamente para 16 municípios alagoanos, assegurando o saneamento e o abastecimento de água. Com a implantação do Bloco D, cidades como Arapiraca também serão contempladas com concessões.
Outro ponto destacado foi a parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para estruturação dos projetos da Casal e a captação de investidores. O objetivo é adaptar os modelos de gestão e operação às necessidades atuais, garantindo mais eficiência nos serviços prestados.
A presidente da Agência Reguladora de Serviços do Estado de Alagoas (Arsal) também participou do painel e destacou a atuação do órgão na fiscalização dos contratos de concessão, que possuem duração de 35 anos. Segundo ela, a Arsal trabalha constantemente para garantir o equilíbrio econômico e financeiro das concessões, assegurando que os serviços continuem evoluindo e trazendo benefícios para a população. “Temos dificuldades diárias, mas estamos nos modernizando para garantir a qualidade e eficiência da fiscalização”, concluiu.