Fernando Collor (2 anos e 6 meses), Itamar Franco (1 ano e 6 meses), Fernando Henrique (8 anos), Lula (8 anos), Dilma (5 anos e 8 meses), Michel Temer (2 anos e 4 meses), Bolsonaro (4 anos) e Lula (mais uma vez). São 32 anos, desde que o engenheiro alagoano Wellington Lou entregou o projeto do Canal do Sertão ao governador Geraldo Bulhões. Sertanejo de verdade, foi GB quem arregaçou as mangas para mitigar o sofrimento daquele povo. Ele morreu sem ver seu legado em operação.
Sabemos, porque não há como esconder, que o que seria a maior e mais moderna obra de infraestrutura hídrica do Estado sofre e chora junto com seu povo. Não há como promover a melhoria na produtividade agrícola da região por meio da irrigação, sem que seja pelo Canal do Sertão, criado para também beneficiar o semiárido alagoano por meio da irrigação. Estudos recentes, realizados por professores da Universidade Federal de Alagoas (AVTEA do trecho V do Canal do Sertão), comprovam que o PIB da maioria dos 42 municípios alagoanos pode dobrar.
32 anos depois de iniciado, o presidente da República, em sua terceira passagem pelo cargo político mais importante da nação, desembarca em Alagoas para liberar a construção do trecho 5. Sem crítica a Lula. São os nossos representantes (os chamados líderes ou coronéis da velha guarda) que precisam ser responsabilizados. O canal morreria se não fosse os esforços de Teotonio Vilela Filho, como senador e governador. É uma verdade que poucos sabem.
32 anos para percorrer metade do caminho. Dados oficiais mostram que “o Canal do Sertão, com extensão projetada de 250 km, começa no município de Delmiro Gouveia e está previsto para terminar no município de Arapiraca. Até o km 123 é dividido em 4 trechos, separados por comportas: o Trecho I (0 – 45Km), foi concluído em 2013; o Trecho II (45 – 64 Km), concluído em 2013; o Trecho III (64 – 93 Km), inaugurado em 2015; e o Trecho IV (93 – 123 Km) está em construção”.
Ainda de acordo com dados oficiais, “após a construção dos trechos restantes, totalizando 250 km, o projeto atenderá a região do Semiárido alagoano, que possui uma área de aproximadamente 12.600 km², representando 1,28% da área total do Semiárido brasileiro e uma população de quase 1 milhão de habitantes, que corresponde a quase 30% da população total do Estado. Os últimos 100 Km do projeto corresponderão ao atendimento de 70% da área total irrigável contemplada por todo o Canal do Sertão”. Diferente dos estados vizinhos, Pernambuco e Bahia, não se tem nenhum dos perímetros irrigados previstos implantado.
32 anos, caro (a) leitor (a). 32 anos para garantir o alimento mais essencial para as vidas humanas e animal.
A crueldade política tem a mesma sagacidade quando se trata do interesse para salvar milhares de vidas durante o inverno.
Fonte – Blog do Wadson Regis