O senador Renan Calheiros expressou insatisfação em relação à forma como a Medida Provisória do Salário Mínimo foi conduzida pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira. As alegações de Renan indicam que Lira trabalha contra a arrecadação do governo e que tem uma trama para esvaziar o Senado.
Segundo o senador, a demora na análise da MP compromete a capacidade do Senado de examinar o texto de maneira adequada, direcionando, assim, as decisões cruciais para a Câmara dos Deputados.
A medida em questão, que trata do reajuste do salário mínimo e da ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda, encontrou apoio no Senado Federal, onde foi aprovada sem a contagem de votos. Caso não tivesse sido aprovada definitivamente até a próxima segunda-feira, a medida perderia sua validade. O projeto agora aguarda a sanção presidencial para entrar em vigor.
Calheiros fez uma publicação em seu Instagram atacando Arthur Lira.” O salário-mínimo terá ajustes além da inflação, modelo criado quando presidi o Congresso. Época que também garantimos prazos para o Senado analisar MPs e proibimos jabutis. Apesar disso, Lira segue sabotando o Senado, o governo e a economia, impedindo que mais ricos paguem impostos”, disse o senador.
Inicialmente, a Medida Provisória abordava somente o aumento do salário mínimo, com um reajuste de R$1.302 para R$1.320, um ganho real acima da inflação. Além disso, o texto propunha a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$2.640 por mês, equiparando a isenção a dois salários mínimos. Esse valor estava anteriormente fixado em R$1.903.
Por sua vez, Arthur Lira descreveu a Medida Provisória do Salário Mínimo como “o maior jabuti que vimos na história recente das MPs”. O presidente da Câmara afirmou que a gestão federal não havia discutido a inclusão desse dispositivo com os líderes da Casa. Lira também assegurou que há um acordo com o Ministério da Fazenda para a apresentação de uma nova Medida Provisória voltada exclusivamente aos fundos onshore e um projeto de lei destinado especificamente às offshores.
Fonte – Extra