Nesta sexta-feira (24/1), o Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins (MG), recebe o primeiro voo de deportados brasileiros dos Estados Unidos sob a nova administração de Donald Trump. A aeronave, operada pelo Serviço de Imigração e Alfândega (ICE), traz 88 cidadãos que foram expulsos do território norte-americano.
Os voos de deportação com brasileiros não são novidade e têm ocorrido desde 2017, durante o governo de Michel Temer. Atualmente, as operações ocorrem com uma frequência de uma ou duas vezes por mês, normalmente às sextas-feiras.
Embora o governo Trump tenha iniciado uma política mais rigorosa de deportação, o voo que chega hoje não faz parte diretamente dessa nova estratégia, já que o processo de repatriação começou antes. Neste ano de 2025, outro voo com deportados pousou no Brasil em 10 de janeiro, ainda durante a gestão do democrata Joe Biden, com 100 brasileiros a bordo.
Na quinta-feira (23/1), a secretária de imprensa do governo Trump, Karoline Leavitt, anunciou nas redes sociais a realização da “maior operação de deportação em massa da história”. Segundo Leavitt, 538 imigrantes considerados “criminosos ilegais” foram presos e centenas já foram deportados em aeronaves militares.
“A maior operação de deportação em massa da história está bem encaminhada. Promessas feitas. Promessas cumpridas”, declarou a secretária.
Entre os detidos estão pessoas com antecedentes criminais como agressão sexual, roubo, arrombamento, violência doméstica, delitos relacionados a drogas e armas, e resistência à prisão. As prisões envolveram imigrantes de diversos países, incluindo Brasil, México, Venezuela, Colômbia, Afeganistão e Senegal.
O retorno dos 88 brasileiros reflete a intensificação das políticas anti-imigratórias nos Estados Unidos. As autoridades brasileiras, em parceria com o Itamaraty, têm acompanhado de perto os desdobramentos dessas operações para prestar apoio aos deportados ao retornarem ao país.