O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fez um apelo ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, por anistia aos presos pelos atos golpistas de 8 de janeiro. Indiciado pela Polícia Federal por crimes como abolição violenta do estado democrático de direito e golpe de estado, Bolsonaro afirmou, em entrevista à revista Oeste, que apenas o perdão aos envolvidos pode trazer paz ao país.
Bolsonaro comparou o momento atual à Lei da Anistia de 1979, que marcou o fim da ditadura militar, e sugeriu que o Brasil “zera o jogo daqui para frente”. Ele destacou que a responsabilidade maior pela pacificação estaria com Alexandre de Moraes, criticando as ações do ministro e pedindo flexibilidade. “Para nós pacificarmos o Brasil, alguém tem que ceder. Quem tem que ceder? O senhor Alexandre de Moraes”, declarou.
A proposta gerou polêmica e intensos debates entre apoiadores e opositores. Enquanto setores conservadores consideram a anistia uma alternativa para reduzir tensões políticas, críticos classificam a ideia como um desrespeito às investigações e punições pelos atos de vandalismo e ataques às instituições democráticas. Até o momento, nem o presidente Lula nem o ministro Moraes se pronunciaram sobre o apelo de Bolsonaro.