
Mesmo internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Hospital DF Star, em Brasília, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) convocou, nesta terça-feira (29/4), seus aliados e apoiadores para um novo ato em defesa da anistia aos envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. A manifestação está marcada para a próxima quarta-feira (7/5), às 16h, com concentração na Torre de TV e caminhada até o Congresso Nacional.
No vídeo publicado nas redes sociais, Bolsonaro reforça que se trata de uma “manifestação pacífica” e destaca a importância da mobilização. A organização do ato está a cargo do pastor Silas Malafaia, um dos principais aliados do ex-presidente. “Essa manifestação tem liderança, e nenhuma lata de lixo será virada”, declarou Malafaia à coluna Grande Angular, do portal Metrópoles.
A mobilização utilizará a hashtag #anistiajá e tem como símbolo Débora Rodrigues, cabeleireira condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por sua participação nos atos, após pichar com batom a frase “Perdeu, mané” na estátua da Justiça. Débora foi sentenciada a 14 anos de prisão pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa armada, dano qualificado e deterioração do patrimônio tombado.
Durante a convocação, apoiadores do movimento destacaram e elogiaram o voto do ministro Luiz Fux, que divergiu da maioria e sugeriu pena mais branda para Débora — 1 ano e 6 meses. O relator, ministro Alexandre de Moraes, votou pela condenação em regime fechado.
O ato contará com a presença de nomes de peso do bolsonarismo, como os filhos do ex-presidente, Carlos e Eduardo Bolsonaro, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, os deputados Nikolas Ferreira (PL) e Marcel van Hattem (Novo), e o senador Magno Malta (PL). A manifestação também será transmitida ao vivo pelas redes sociais de Silas Malafaia.
O evento ocorre em um momento delicado para Bolsonaro, que se recupera de uma cirurgia intestinal realizada na última semana. Mesmo assim, o ex-presidente mantém sua atuação política ativa, mirando a base conservadora e defendendo aliados condenados pela tentativa de golpe em 2023.