No tatame ou no ringue, no street ou no park, no mar do Taiti, nas ruas ou nos ginásios de Paris, há um elo de ligação entre os 14 pódios e os 21 medalhistas brasileiros até agora nos Jogos Olímpicos: o Bolsa Atleta. O programa de patrocínio individual do Governo Federal está na trajetória de 100% dos brasileiros premiados no megaevento até esta quarta-feira (7/8).
É um programa que deixa o atleta confortável e confiante para fazer o papel dele, para que consiga realizar e orgulhar o país, e orgulhar-se de si mesmo. É algo que só faz você crescer. O programa é extremamente importante para a gente”, disse Rebeca Andrade, maior medalhista do Brasil em Jogos Olímpicos, integrante do Bolsa Atleta desde 2012.
Dos 21 medalhistas em sete modalidades , 100% são integrantes do Bolsa Atleta ou estiveram em editais ao longo de suas carreiras. Os únicos que não fazem parte do programa atualmente são Gabriel Medina, ídolo do surfe profissional, mas que já esteve em dois editais, e Larissa Pimenta, do judô, que teve o suporte federal durante dez anos de sua trajetória.
Maior medalhista olímpica da história do país, com seis pódios (dois ouros, três pratas e um bronze), Rebeca Andrade destacou, durante coletiva de imprensa nesta quarta-feira na Casa Brasil, em Paris, a importância do programa em sua história.
“O Bolsa Atleta com certeza é importante para a gente, porque a gente compra nossos materiais para treinamento, e podemos ajudar nossas famílias a trazer uma segurança para a gente, que muitas vezes é o que falta. Isso permite que a gente foque no nosso trabalho, sabe? Não deixa que a gente tenha preocupações externas”, resumiu a campeã olímpica nos exercícios de solo em Paris. Rebeca atualmente integra a categoria Pódio, a principal do programa, e é contemplada em editais do Bolsa Atleta desde 2012.
“É um programa que deixa o atleta confortável e confiante para fazer o papel dele, para que consiga realizar e orgulhar o país, e orgulhar-se de si mesmo. É algo que só faz você crescer. O programa é extremamente importante para a gente. Foi muito importante no passado. E é também agora”, completou Rebeca.
Medalhista de prata na marcha atlética, Caio Bonfim é figurinha carimbada nos editais do Bolsa Atleta há 17 anos. Para ele, a parceria tem sido fundamental. “Não tem como falar dos meus resultados sem falar do programa. Faz parte da minha história. É essencial para manter o padrão de treinos e competições necessários para me manter em condições de brigar pelos melhores resultados”.
Em evento na última sexta-feira em São Gonçalo do Amarante, no Ceará, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforçou os conceitos e intenções que pautaram a criação do Bolsa Atleta. “Por que a gente criou o Bolsa Atleta? Porque quando o atleta fica famoso, tem patrocínio, aí os bancos vão atrás, os empresários vão atrás. Mas enquanto ele não é famoso, às vezes ele não tem um tênis para andar, às vezes não tem um lugar para a menina jogar bola, para o menino saltar, para o menino dançar”, afirmou o presidente, numa referência ao programa criado em 2004. Ao longo dos últimos 20 anos, o Bolsa Atleta acumula R$ 1,77 bilhão em recursos repassados de forma direta a mais de 37,5 mil atletas olímpicos e paralímpicos de todo o país.
ONIPRESENÇA
Levando em conta a delegação original do Brasil em Paris, 241 atletas dos 276 titulares integram o Bolsa Atleta, um percentual de 87,3%. Em 27 das 39 modalidades com presença de brasileiros, 100% dos convocados integram o programa.
REAJUSTE
O Bolsa Atleta teve em 2024 o primeiro reajuste depois de 14 anos. O aumento de 10,86% foi dado a todas as categorias do programa – Base e estudantil, Nacional, Internacional e Olímpica/Paralímpica –, que este ano bateu o recorde histórico de beneficiados, com 8.716 atletas contemplados. O aumento também valeu para a Bolsa Pódio, categoria mais alta do programa, voltada a atletas classificados entre os 20 primeiros do ranking mundial de suas modalidades e com mais chances de conquistar medalhas nos grandes eventos internacionais, Neste ano, o Bolsa Pódio teve 359 contemplados. Com isso, o total de atletas beneficiados com o reajuste chega a 9.075. Com a medida, o menor valor do Bolsa Atleta, da categoria Base/Estudantil, passa de R$ 370 para R$ 410,28. Já o maior valor, da categoria Bolsa Pódio, sai de R$ 15 mil para R$ 16.629.
Fonte: Jornal de Alagoas