O Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA/AL) registrou um aumento alarmante no número de focos de queimadas no estado entre os dias 19 e 25 de janeiro de 2025. Segundo dados do órgão, foram contabilizados 621 focos nesse período, representando um crescimento de 256% em relação à semana anterior, quando foram reportadas 174 ocorrências. Desses focos, 528 foram monitorados pelas equipes do IMA.
As Áreas de Proteção Ambiental (APA) também foram impactadas pelas queimadas, com 47 focos registrados. Entre as mais atingidas, destacam-se a APA do Pratagy, com 15 focos, e a APA de Murici, com 13. Em relação ao tipo de vegetação afetada, 158 focos atingiram formações naturais, com maior incidência na região de Transição Fitoecológica, que registrou 50 focos. A Floresta Ombrófila, caracterizada pela vegetação densa e alta umidade, teve 49 ocorrências, enquanto a Caatinga foi atingida por 40 focos de incêndio.
O uso do fogo em Unidades de Conservação é ilegal e pode acarretar penalidades severas. Conforme a legislação ambiental vigente, os responsáveis podem ser punidos com multas que podem chegar a R$ 10 mil por hectare queimado, além de pena de reclusão de um a cinco anos. O IMA reforça a necessidade da conscientização da população para a preservação dos biomas locais e o cumprimento das normas ambientais.
O diretor-presidente do IMA, Gustavo Lopes, ressaltou a importância do apoio da população no combate às queimadas irregulares. “Temos o aplicativo IMA Denuncie, uma importante ferramenta para denúncias de queimadas ilegais, principalmente em áreas protegidas. O uso indevido do fogo pode causar danos irreparáveis à nossa fauna e flora, prejudicando o ecossistema do nosso estado”, afirmou Lopes.
Diante do aumento expressivo dos focos de incêndio, o IMA reforça a importância da fiscalização e do engajamento da sociedade na preservação ambiental, a fim de minimizar os impactos das queimadas nos ecossistemas alagoanos.