A Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE/AL) realizará, nesta terça-feira (11), às 10h, uma audiência pública para discutir a construção de cinco megatorres na região da Lagoa da Anta, no bairro da Jatiúca, em Maceió. O evento, promovido pela Comissão de Meio Ambiente, reunirá representantes de órgãos públicos, especialistas e entidades envolvidas no projeto.
Foram convidados para o debate membros do Ministério Público Estadual e Federal, Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Prefeitura de Maceió, Instituto do Meio Ambiente (IMA), Ibama, OAB/AL, Creci/AL, Defensoria Pública, além de diretores da Record Construtora, responsável pelo empreendimento.
Impactos Ambientais e Urbanísticos em Discussão
A construção das torres tem gerado controvérsias, principalmente pela falta de um debate público e pelos possíveis impactos ambientais e urbanísticos na região. O presidente da Comissão de Meio Ambiente, deputado Delegado Leonam (União Brasil), destaca a importância da audiência para avaliar os riscos e as implicações do projeto.
“É preciso que sejam analisados aspectos legais e ambientais, bem como os impactos urbanísticos e sociais que estes prédios podem causar em Maceió”, afirmou o parlamentar.
A polêmica gira em torno de questões como impermeabilização do solo, aumento do trânsito, danos ao lençol freático e degradação da Lagoa da Anta, uma das poucas áreas naturais preservadas da cidade. Ambientalistas e urbanistas também apontam a defasagem do Plano Diretor de Maceió, que não é atualizado há 20 anos, como um agravante da situação.
Empreendimento de R$ 1,5 Bilhão
O projeto imobiliário, que envolve um investimento estimado em R$ 1,5 bilhão, foi fechado entre a Record Construtora e o Grupo Lundgren por meio de um contrato de gaveta, o que levanta questionamentos sobre transparência e legalidade.
Com a crescente preocupação da sociedade e de especialistas, a audiência pública na ALE/AL será um espaço para discutir o futuro do projeto e os impactos para Maceió.