A AstraZeneca reconheceu pela primeira vez diante da Justiça a possibilidade de um efeito colateral raro em sua vacina contra a covid-19, conhecido como síndrome de trombose com trombocitopenia (TTS). A farmacêutica enfrenta uma ação coletiva de 51 famílias que buscam indenização de até £100 milhões de libras devido a esse efeito adverso. Embora a AstraZeneca tenha afirmado que não aceita a relação genérica entre a vacina e a TTS, admitiu que a condição pode ocorrer em casos raros como um dos efeitos colaterais do imunizante.
A empresa ressaltou que o mecanismo causal da TTS ainda não é totalmente compreendido e que a condição pode ocorrer mesmo na ausência da vacina. A segurança dos pacientes é a maior prioridade da AstraZeneca, segundo a empresa, que destaca as normas rigorosas das autoridades reguladoras para garantir a segurança de todos os medicamentos, incluindo vacinas. Apesar dos potenciais efeitos colaterais extremamente raros, as autoridades de saúde em todo o mundo têm reiterado que os benefícios da vacinação superam os riscos.
No Brasil, a vacina AstraZeneca/Oxford, produzida pela Fiocruz, foi destacada como uma ferramenta crucial para controlar a pandemia, segundo o Ministério da Saúde. A vacinação tem sido fundamental para reduzir os casos graves e óbitos por covid-19, com eventos adversos raros, apresentando um risco significativamente inferior ao das complicações causadas pela infecção.