O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nomeou três pessoas para prestar testemunho em seu favor durante um processo no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que investiga o suposto uso de programas sociais para angariar votos nas eleições de 2022. Os indicados são Daniella Marques, ex-presidente da Caixa Econômica Federal, Ciro Nogueira (PP-PI), ex-ministro da Casa Civil, e Ricardo de Souza Moreira, auditor da Receita Federal e ex-secretário-executivo adjunto do Ministério do Trabalho. O depoimento de Marques está agendado para terça-feira, dia 19, enquanto as datas para os outros dois depoimentos ainda não foram definidas.
A ação, movida pela coligação do presidente Lula (PT), acusa Bolsonaro e seu então candidato a vice, Walter Braga Neto, de abuso de poder econômico ao concederem a chamada “PEC da bondade” às vésperas das eleições. Essa medida incluiu benefícios como a adição de 500 mil famílias no programa Auxílio Brasil somente no mês de outubro – mês da votação -, a antecipação de repasses do Auxílio Brasil e do Auxílio Gás durante o segundo turno, entre outras medidas, como a antecipação de pagamentos de benefícios a caminhoneiros e mudanças nos concursos para a Polícia Federal (PRF) e Polícia Rodoviária Federal (PRF).
A ação ressalta que, ao considerar o suposto abuso de poder econômico pelo uso de recursos públicos para fins eleitorais, juntamente com a má gestão comprovada dos cofres públicos, o governo atual gastou cerca de R$ 60 bilhões em diversos benefícios concedidos. No total, Bolsonaro é alvo de pelo menos outras oito ações no TSE e já foi condenado em duas outras ações que o tornaram inelegível.