A vereadora Teca Nelma realizou, nesta segunda-feira, uma audiência pública para discutir os desafios enfrentados pela parentalidade atípica. O encontro reuniu representantes do Conselho Regional de Psicologia, da Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da OAB/AL, da Superintendência Municipal do Trabalho, do Conselho Tutelar de Maceió, além de instituições filantrópicas e mães atípicas.
“A sociedade romantiza a sobrecarga de mulheres mães, e quando essas mulheres são mães de filhos atípicos a romantização se profunda. Os adjetivos de mulher guerreira, forte e incansável, apenas mascaram o desgaste físico e mental vivenciado por essas mães que praticamente se anulam para viver por seus filhos”, pontuou a vereadora.
Uma pesquisa divulgada pelo Instituto Baresi, em 2012, mostrou que no Brasil cerca de 78% dos pais abandonaram as mães de crianças com deficiência e doenças raras antes de os filhos completarem cinco anos. Durante a audiência, os relatos das mães atípicas confirmaram esses dados.
“Esse título de guerreira nos cansa. E quem está enxergando a gente aqui no município? E fica aqui meu pedido: criem esses espaços para gente. Estamos adoecendo por dentro, com estresse e depressão”, desabafou Luana Rodrigues, mãe de três filhos autistas.
Neste mês, a vereadora protocolou um projeto de lei que institui o Maio Furta-Cor no calendário oficial do município. A campanha é dedicada a ações de conscientização, incentivo ao cuidado e promoção da saúde mental materna.