Prestes a disputar o seu quinto mandato consecutivo de senador, em 2026, Renan Calheiros (MDB) vive um dos momentos mais importantes da sua vida pública.
Na sua terra natal usufrui do comando de um partido que tem uma maioria significativa de prefeitos filiados, uma Assembleia Legislativa com número expressivo de correligionários (inclusive o presidente da casa), o governador do Estado e dois senadores – o outro é Renan Calheiros Filho, licenciado para ser ministro dos Transportes.
Já em nível nacional passou a compartilhar o protagonismo com o conterrâneo Arthur Lira (PP), poderoso presidente da Câmara dos Deputados e de forte influência junto ao presidente da República.
Renan Calheiros sabe que na eleição de 2026 estará com 71 anos de idade e disputará, certamente, seu último mandato de senador, daí sua preocupação, desde já, com o que lhe reserva o futuro.
Neste ano de 2023 o líder emedebista resolveu encarar duas frentes políticas.
Uma, o obstáculo chamado JHC (PL), favorito para se reeleger prefeito de Maceió e antecipadamente forte candidato ao governo em 2026, especialmente se mantiver a aliança com Arthur Lira.
Outra, a Braskem, de quem, cinco anos após a tragédia causada pela empresa em Maceió, pretende conseguir recursos para indenizar o Estado e obter holofotes que lhe proporcione visibilidade eleitoral futura.
Ambas as tarefas não parecem fáceis: o favoritismo de JHC se consolida a cada pesquisa, enquanto a CPI proposta por ele próprio no Senado continua a patinar, sem perspectivas até agora de que os resultados lhe sejam favoráveis – que lhe seria péssimo, pelo prestígio de que desfruta entre seus pares.
Apesar de toda a estrutura partidária e de poder em Alagoas, também em relação a Renan Calheiros vale a máxima popular que prevalece para os demais seres mortais: “O futuro a Deus pertence”.
Fonte – Blog do Flávio Gomes de Barros