Ele tem a força e o poder do cargo de presidente da Câmara Federal. Tem um grupo de fiéis escudeiros em todos os estados do país. Tem uma disposição que poucos (na política) têm. Arthur Lira não chegou à presidência por acaso. E foi reeleito pelos méritos de sua disposição para enfrentar o novo sistema operacional, comandado pelo PT.
Em Alagoas Arthur Lira já é o maior fiel depositário de recursos públicos federais da história do Estado, principalmente para a saúde. Também já é o maior distribuidor da história de Alagoas de tratores, retroescavadeiras e motoniveladoras. Com a Codevasf nas mãos Arthur tem ido para onde quer (e precisa).
Com tanto poder e entrega, o Arthur Lira que atua na política alagoana parece se desconectar do Arthur articulado e ousado que direciona em Brasília. O camaleão muda de perfil cada vez que pisa na terrinha que mais produz políticos influentes e com prestígio, pelas bandas da Capital Federal.
Neste conflito pessoal Arthur talvez não tenha percebido que está jogando sem sair do lugar. Sua deficiência está em entender que a força e o poder do cargo de presidente da Câmara Federal têm os dias contados (e já na contagem regressiva). Talvez ele não tenha entendido que precisa virar o jogo contra Renan, seu predador da vez, o mais rápido possível. Renan está com poder do seu lado e se beneficia com seu vasto repertório de jogadas e de movimentação. Se Arthur continuar no passo que vai, também ficará sem força e com pouca importância para dividir o protagonismo com JHC, já nas eleições do próximo ano.
O mais grave para Arthur é que ele talvez não tenha percebido que Alfredo Gaspar, Davi Filho, Jó Pereira e Galba Netto já são, pelo menos para Maceió, muito mais importantes que ele – em todos os aspectos. Se Arthur não se movimentar para variar as jogadas, certamente estará fora da mesa que define e decide.
Arthur sabe jogar e precisa enfrentar Renan com o cérebro, não com as esporas (neste caso é só uma dica – porque ele está jogando parado).
Fonte – Blog do Wadson Regis