A relação do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não é de “satisfação boa”, como revela a colunista do UOL, Thaís Oyama.
“Ontem (Lira) reclamou que falta fluidez para ‘as coisas’ acontecerem e que, a continuar assim, ‘as coisas’ não irão andar”, relata.
Para Oyama – e não só para ela – Arthur Lira estaria irritado com Lula porque o governo não está fazendo fluir “no ritmo que ele deseja” os R$ 9 bilhões em emendas herdadas do orçamento secreto, “as coisas” com as quais ele contaria para manter azeitados os seus mecanismos de poder na Câmara.
“Está irritado também porque seu almejado ministério, o da Saúde, não saiu e tem poucas chances de sair”, afirma.
Para a colunista, Lira vive o drama antecipado de sua sucessão na presidência da Câmara dos Deputados, cargo que ele não poderá mais disputar.
“De mais seguro, ou nem tanto, ele terá a sua Alagoas quando deixar o cargo, mas ainda assim será obrigado a enfrentar lá a rivalidade de Renan Calheiros — seu arqui-inimigo com mandato de até 2027, cujo filho encabeça o poderoso Ministério dos Transportes, e que pode em breve integrar uma CPMI de alta visibilidade, a do 8 de janeiro”, relata Oyama.
Na avaliação dela, “por isso Lira tem pressa e cobra em voz alta ‘as coisas’ de que precisa para não virar um piano de cauda, daqueles que ninguém sabe onde colocar depois que perde a função”.
Fonte – Blog do Edivaldo Júnior