O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), defendeu nesta sexta-feira (10) a necessidade urgente de reformas em instituições de governança global. A declaração foi feita durante a abertura da 3ª sessão de trabalho da 10ª Cúpula de Presidentes de Parlamento do G20 (P20), onde ele destacou a importância de modernizar a estrutura de entidades como a Organização das Nações Unidas (ONU) e seu Conselho de Segurança.
“Para enfrentar os desafios globais, a reforma da ONU é essencial, especialmente em seu Conselho de Segurança, a fim de garantir a paz e a segurança internacionais e promover um desenvolvimento sustentável, justo e inclusivo”, declarou Lira.
Ele argumentou que o atual modelo de governança global precisa de ajustes para acompanhar a complexidade dos problemas contemporâneos.
Lira também sugeriu mudanças nas políticas de tomada de decisão de instituições financeiras globais como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial. De acordo com ele, essas instituições devem desempenhar um papel mais ativo na redução das desigualdades sociais e na promoção da sustentabilidade.
“As instituições financeiras internacionais precisam aprimorar seus processos decisórios e comprometer-se no enfrentamento das desigualdades, impulsionando uma transição para a sustentabilidade”, afirmou Lira.
Ele sugeriu que os mecanismos de financiamento dessas instituições se voltem para o desenvolvimento social e econômico, levando em conta as realidades ambientais e os contextos específicos de cada país.
Reforma da OMC e inclusão de mulheres no comércio internacional
Outro ponto enfatizado pelo presidente da Câmara foi a necessidade de reformar a Organização Mundial do Comércio (OMC) para fortalecer o sistema multilateral de comércio. Lira destacou que uma OMC renovada pode assegurar que o desenvolvimento sustentável seja incluído nos acordos comerciais regionais, ao mesmo tempo que promova uma maior participação das mulheres no comércio internacional.
Para Lira, o papel dos Parlamentos é crucial nesse processo, pois esses órgãos podem influenciar e regulamentar práticas que promovam o equilíbrio e a inclusão nos acordos internacionais. Ele enfatizou que uma governança mais inclusiva e sustentável deve ser uma prioridade para a agenda global.
Com as sugestões de Lira, a expectativa é de que as reformas possam promover um sistema de governança global mais justo e alinhado às necessidades atuais, com foco na paz, sustentabilidade e inclusão social.