Na noite de segunda-feira (31), durante entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), defendeu as emendas parlamentares e questionou, sem citar nomes, um ministro do presidente Lula (PT), que teria destinado R$150 milhões a sete cidades de seu Estado.
“Eu não acho justo que um ministro que não teve um voto, que não fez concurso público para ser ministro, mande R$ 150 milhões para sete municípios do Estado dele, usando o mesmo orçamento que vocês chamavam de secreto ontem. Isso é de agora, não é de ontem não”, afirmou Lira.
Perguntado sobre sua proximidade com Jair Bolsonaro (PL), Lira não negou seu voto no ex-presidente nas eleições de 2022. No entanto, o deputado se esquivou de comentar as declarações de Bolsonaro sobre as urnas eletrônicas, os ataque aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e os questionamentos à democracia. Teve algum caso meu? Algum caso em que eu falei da urna, da democracia?”, comentou.
Questionado sobre aprovação de projetos, a reforma tributária e outras articulações encabeçadas por ele na Câmara, Lira, que foi aliado de Bolsonaro, disse que Lula aprovou mais projetos do interesse do governo na Câmara do que o ex-presidente.
Além disso, o presidente da Câmara dos Deputados disse que foi até onde pôde e negou que tenha sido silenciado pela pressão das big techs e perdido o controle de articulação sobre o Projeto de Lei 2.630, o PL das Fake News.
Arthur Lira tem aproximadamente mais 1 ano e meio de mandato na presidência da Câmara dos Deputados, mas já há candidatos ao cargo. Quando perguntado sobre os nomes que podem sucedê-lo, Lira respondeu que “a sucessão não está aberta”.
“Esse que está aqui (deputado Elmar Nascimento, União Brasil-BA) e os outros que estão assistindo: eu já disse, quem colocar a unha para fora, vai arrumar um problema comigo”, disse Lira.