Nesta terça (1), o juiz da 1ª Vara de Rio Largo, Guilherme Bubolz Bohm, concedeu uma medida liminar suspendendo o ato da da Presidência da Câmara de Vereadores de Rio Largo em que foram afastados o prefeito, Carlos Gonçalves, e seu vice, Peterson Henrique.
Com a decisão judicial, prefeito e vice-prefeito são reconduzidos aos seus cargos após a tentativa de golpe, tendo sido lida uma suposta carta de renúncia na manhã de ontem (31), na Câmara Municipal da cidade, onde o presidente da Casa, Rogério Silva, foi empossado prefeito.
Na sua decisão, o juiz afirma que “Mesa da Câmara de Vereadores estava ciente de que o prefeito e o seu vice não tinham a vontade de renunciar aos respectivos mandatos” após Carlos comunicar ao presidente da Casa que um suposto documento de renúncia não existia.
O magistrado deixa claro que entende que “é provável que os documentos em que constam as supostas renúncias
padeçam de falsidade ideológica, não representando a verdadeira vontade dos impetrantes”.
“Tendo o prefeito se manifestado com tanta antecedência, e por diversos meios, sobre a possibilidade de ser apresentado um falso termo de renúncia (ou melhor, termos ideologicamente falso), caberia à Câmara de Vereadores averiguar a sua autenticidade e a verdadeira vontade do titular do mandato eletivo, solicitando, inclusive, a sua presença na sessão legislativa, o que não foi feito”, completou o juiz.