O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a se colocar como candidato à Presidência da República em 2026, apesar de estar inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A declaração foi dada nesta quarta-feira (12/3), após um encontro em Brasília com Valdemar Costa Neto, presidente do PL, autorizado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
“Por enquanto, sou candidato”, afirmou Bolsonaro, mencionando outros possíveis nomes na disputa, como o cantor Gusttavo Lima, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), e o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo). Segundo ele, seria positivo que cada partido lançasse um nome próprio e, no segundo turno, as siglas se unissem para apoiar os finalistas.
O ex-presidente também afirmou que não pretende abrir mão de seu capital político neste momento e que a melhor estratégia é esperar. “Por que alguns me acusam que eu tenho que abrir mão do meu capital para apoiar alguém? Eu não tenho que abrir mão. Vou esperar o momento certo”, declarou.
Bolsonaro ainda ressaltou sua experiência no comando do país e citou sua gestão durante a pandemia de Covid-19 e a guerra na Ucrânia como exemplos de sua liderança. “Eu peguei uma pandemia e uma guerra e entreguei no azul o governo. Fizemos coisas que ninguém podia imaginar”, concluiu.
A inelegibilidade de Bolsonaro foi determinada pelo TSE em 2023, após o tribunal entender que ele utilizou a estrutura do governo para espalhar desinformação sobre o sistema eleitoral brasileiro. Apesar disso, sua influência dentro da direita brasileira e do PL segue forte, mantendo-o como peça-chave nas articulações para 2026.