O deputado Marcelo Victor mostra, mais uma vez, que sabe fazer a hora.
Ao dar entrada em uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) no STF, contra a CPI do MST da Câmara Federal, o presidente da Assembleia quer deixar claro, na verdade, quem manda no Estado de Alagoas.
A ação diz que a CPI violou o princípio federativo e invadiu “competência exclusivamente reservada à Assembleia Legislativa”, ao buscar “fiscalizar supostas ações do Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas – Iteral”.
A tal comissão é tão somente um ato de vingança da oposição bolsonarista no Congresso Nacional, que, no entanto, está exercendo um legítimo direito.
Sabemos, no entanto, que na Casa de Tavares Bastos, com exceção do deputado Ronaldo Medeiros, o MST, único movimento social vivo e pulsante no Brasil – e em Alagoas -, não goza de nenhum prestígio (lembremos a Frente Parlamentar em Defesa da Propriedade Privada).
As ações do Iteral, por aqui, têm méritos sim, independentemente das suas motivações, e podem até avançar ainda mais.
E não custa lembrar que a hermenêutica do deputado Marcelo Victor faz sucesso por aqui, mas em Brasília o padrão é outro.
Texto – Ricardo Mota
Fonte – Cada Minuto