Em depoimento à Câmara dos Deputados esta semana, durante audiência pública, o superintendente substituto da Agência Nacional de Mineração (AMN), Helder Pasti, disse que não é possível afirmar a seguridade de outras quatro minas de sal-gema da Braskem na Lagoa Mundaú, ou se podem entrar em colapso tendo em vista que não foram localizadas pelo Serviço Geológico do Brasil e estão “perdidas”.
Ao ser questionado sobre as minas autopreenchidas, Helder falou que quatro cavidades não foram localizadas durante as análises e que, devido a isso, passaram a “supor que elas foram autopreenchidas”, não descartando o risco causado por elas.
A Braskem, no entanto, afirma que cinco passaram pelo processo: 5, 6, 8, 14 e 24. “Nesse momento não podemos fazer essa afirmação [que não possuem vazios], temos que seguir monitorando”. Das 35 minas de sal-gema da Braskem instaladas em Maceió, 11 ainda não tiveram o processo de fechamento finalizado. A mina 18 era uma delas. O fechamento ainda não foi finalizado nas minas 9, 12, 16, 18, 22, 23, 25, 26, 27, 28 e 33, conforme a empresa.
Devido ao risco, técnicos da Defesa Civil Nacional, da Agência Nacional de Mineração, do Serviço Geológico do Brasil (SGB/CPRM) e da Braskem informaram que a rede de monitoramento da mina 18 é adequada. Porém, a ANM ponderou que fará um reexame dos planos de fechamento das minas da petroquímica em Maceió. Helder Pasti disse ainda que não se sente confortável para apontar os crimes da Braskem e descartou omissão da ANM, mas afirmou que os trabalhos desenvolvidos pela empresa contribuíram para o cenário atual. “O que posso dizer como profissional e não quanto agência é que as atividades desenvolvidas pela empresa contribuíram para o cenário que a gente enxerga hoje”.
Fonte – Extra