Que ninguém se surpreenda se, muito em breve, ingressar na Justiça Federal uma ação contra a Agência Nacional de Mineração, o Estado de Alagoas e a prefeitura de Maceió.
A questão: os três entes são responsáveis diretos pela mineração do sal-gema em Alagoas, que resultou na tragédia vivida por 60 mil maceioenses.
Há uma mobilização, ainda que discreta, de algumas entidades independentes para a elaboração da ação.
É claro que a gente imaginar que o procedimento, mesmo tendo êxito, não resulte em algo muito concreto, mas pode sim acender uma luz sobre personagens – e são vários – que se omitiram durante mais de 40 anos, permitindo e autorizando a Braskem a perpetrar o crime hoje tão evidente.
Temos de lembrar que desde a década de 1980 que a UFAL já tinha apresentado estudos demonstrado o perigo da ação da mineradora.
Dizer agora que “não sabia” beira o cinismo – ou algo pior.
Em tempo: a CPI do Senado pode ajudar a esclarecer esse ponto fundamental.
Texto – Ricardo Mota
Fonte – Cada Minuto