A Associação dos Municípios Alagoanos (AMA) , em julho, enviou um ofício ao governador Renan Filho solicitando o pagamento dos valores atrasados e a contrapartida do valor atual para continuidade do Programa do Leite. O Programa é do Governo Federal, com contrapartida Estadual.
Segundo o diretor presidente da Cooperativa de Produção Leiteira de Alagoas (CPLA), Aldemar Monteiro, devido à mudança de ministro e logo depois à pandemia, não foi pactuado no início do ano o valor que o Governo Federal repassaria para o programa. Com isso, o Governo do Estado não repassou sua contrapartida.
O atraso de janeiro a junho não fez as cooperativas pararem de distribuírem o leite nos municípios alagoanos. “Entendemos que o programa é muito importante, além de fazer a economia dos municípios girar, organiza a cadeira produtiva, fortalece o cooperativismo e resgata o produtor”, destacou.
No mês de junho, a bancada federal garantiu verbas na ordem de R$19.800.000,00, mas para liberação da verba o pacto foi que o governo estadual pague o valor em atraso, além da contrapartida de 20%. O valor garante a distribuição de leite até março de 2021. De acordo com a CPLA, o programa absorve de 10 a 20% da produção de Alagoas, além de servir como um balizador do preço no mercado.
Ativo desde 2002 no estado, o Programa realiza a distribuição de leite para famílias abaixo da linha da pobreza e incentiva a produção familiar, movimentando a economia local e fortalecendo os pequenos produtores. Hoje, o programa atende mais de 80 mil alagoanos e ajuda 2.400 produtores. Cada família beneficiada recebe a doação de leite semanalmente conforme os critérios estabelecidos pelo Programa.
Lançamento
O Governo de Alagoas, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura (Seagri), garantiu a retomada do Programa do Leite e lançou o novo sistema e o aplicativo do programa. O aplicativo visa diminuir a burocracia nos procedimentos.
Fonte – Jornal de Alagoas