A possível fusão entre os partidos Progressistas (PP) e União Brasil está movimentando o cenário político de Alagoas e pode resultar em mudanças significativas nas disputas eleitorais de 2026, afetando diretamente o grupo do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, líder do PP em Alagoas.
Alfredo Gaspar, atualmente filiado ao União Brasil e cotado para disputar o Senado em 2026, declarou ao jornalista Wadson Régis, do portal AL1, que, caso a fusão entre os partidos seja concretizada, exigirá sua liberação para mudar de sigla. Essa movimentação adiciona uma nova camada de tensão ao grupo político de Lira, que já sofreu uma perda considerável com a saída do deputado estadual Davi Davino Filho do PP, sem qualquer aviso prévio a Lira. O Republicanos, por sua vez, garantiu a legenda para que Davi possa disputar o Senado em 2026.
A possível fusão entre o PP e o União Brasil também pode significar um novo desafio para Lira, que vê em Alfredo Gaspar um concorrente à vaga de senador. A situação ainda é incerta, pois não há confirmação oficial sobre a entrada desses nomes na disputa, mas a movimentação já gera inquietação no grupo político do presidente da Câmara.
Além da perda de aliados, Lira também enfrenta um enfraquecimento da coesão em seu grupo político. Isso ficou evidente quando ele solicitou a Davi um vídeo demonstrando unidade no grupo, mas a solicitação não foi atendida. Essa divisão tem o potencial de impactar as articulações para as eleições de 2026.
Outro fator que complica a situação de Lira é o apoio do grupo da família Davino a Nivaldo Albuquerque para o cargo de Deputado Federal, o que poderia prejudicar Lira caso ele opte por permanecer no Congresso Nacional.
Com a situação ainda em evolução, o cenário político de Alagoas para as eleições de 2026 promete ser dinâmico e repleto de desafios para os principais nomes da política local, incluindo Arthur Lira.