Senadores e deputados da oposição estão preparando um novo e abrangente pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com os parlamentares, essa pode ser a primeira vez em que há uma chance concreta de afastamento do magistrado, o que tem gerado expectativas no meio político.
Os oposicionistas acreditam que a adesão política ao pedido será significativa, especialmente após a recente decisão de Alexandre de Moraes de liberar Filipe Martins, ex-assessor do ex-presidente Bolsonaro. Essa liberação ocorreu após a Procuradoria-Geral da República (PGR) afirmar que não havia evidências de que Martins havia deixado o país, algo que Moraes havia utilizado como base para decretar sua prisão.
A oposição também critica o ministro por supostos excessos no caso da morte de Cleriston Pereira da Cunha, conhecido como “patriota”, na Papuda, bem como nas longas prisões preventivas de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, e Silvinei Vasquez, ex-chefe da Polícia Rodoviária Federal. Estes episódios serão incluídos no pedido de impeachment.
Além disso, o caso do ex-deputado Daniel Silveira será mencionado, já que Alexandre de Moraes tem negado a progressão de pena para o regime semiaberto, mesmo com o cumprimento dos requisitos legais. A coleta de assinaturas para o impeachment começará em 14 de agosto, com o objetivo de protocolar o pedido no Senado em 9 de setembro, enquanto a oposição busca apoio de juristas para fortalecer a campanha contra o ministro.