A reunião que marcou a filiação do vereador Zé Márcio Filho ao MDB de Maceió deu pistas e mais pistas da atual estratégia da oposição ao prefeito João Henrique Caldas (PL).
O presidente do diretório estadual, senador Renan Calheiros, defendeu que além do MDB, outros dois partidos de oposição também lancem candidatos: um é o PT de Ronaldo Medeiros e outro do PSD de Rui Palmeira.
No encontro, o deputado estadual Alexandre Ayres, mais votado do Estado e segundo mais votado em Maceió, deu sinais de que entrou pra valer na disputa interna do MDB para ser o nome do partido a enfrentar JHC.
Além dele são apontados como possíveis candidatos do MDB contra JHC em 2024 os deputados Zé Wanderley, Cibele Moura e Rafael Brito.
Ao falar na reunião, Ayres disparou críticas contra o prefeito. Veja a transcrição de alguns trechos da ala dele:
– Nossa discussão enquanto partido e grupo não é somente apontar as críticas à péssima gestão que vem sendo realizada em Maceió. O MDB tem um planejamento, tem um projeto de governo , para que a gente possa mudar a realidade da capital, não somente da orla da cidade.
– Um UPA custa 6 milhões, com mais dois milhões de com equipamentos chega a 8 milhões, uma UPA (simbolicamente) que poderia mudar a realidade da saúde da capital está sendo colocado numa escola de samba no Rio de Janeiro , o que é mais importante, é cuidar da saúde ou investir numa escola de samba no Rio?
-Conheço da saúde pública, conheço a saúde de perto. O que o cidadão quer é que o Cora funcione, o cora só mudou nome e continua sem funcionar
– Nosso partido está pronto para a próxima eleição, temos vários nomes, como o deputado federal Rafael Brito, Cibele Moura e Dr Wanerley. Vamos juntos definir.
– Queria dizer que teremos uma representatividade, não para apontar críticas para quem quer que seja, nós queremos falar da saúde, da mobilidade urbana, porque o trânsito na capital é um caos, ninguém mais consegue transitar, seja de mot, seja de bicicleta, seja de carro ou de ônibus.
– Maceió não tem um planejamento e o prefeito recebe uma quantia de 600 milhões de reais (da Braskem) e não comunica a sociedade como ele vai utilizar esse recurso. Maceió não tem dono, o prefeito não pode tomar essa decisão sozinho, ele foi elito por grande parte da população e deve satisfação a sociedade.
Fonte – Jornal de Alagoas