Um estudo recente da Climate Central aponta que aproximadamente 800 milhões de pessoas ao redor do mundo poderão ser afetadas pelo aumento do nível do mar. Entre as cidades ameaçadas por essa elevação está Maceió, segundo a matéria de Giovanna Durães publicada em “O Globo”. O estudo sugere que, se o nível do mar continuar subindo, cerca de 2 milhões de brasileiros estarão em risco nos próximos anos, especialmente nas capitais Rio de Janeiro, Fortaleza, Salvador, Recife, São Luís, Aracaju, João Pessoa, Natal e Maceió.
Além dessas capitais, outras cidades como Florianópolis, Porto Alegre e Vitória também podem enfrentar alterações, embora menos severas. Regiões como Santos, no litoral paulista, toda a faixa costeira do Nordeste, e municípios próximos à divisa entre Amapá e Pará estão entre os locais que poderão ser fortemente impactados. Um mapa interativo desenvolvido pela Climate Central detalha as áreas vulneráveis em cada município, prevendo inundações de um a dez metros acima do nível atual da maré.
Esse grupo de sete capitais brasileiras faz parte de um total de 100 cidades em 39 países que correm o risco de serem submersas nas próximas décadas. Em nível global, estima-se que 800 milhões de pessoas possam ser afetadas por essa emergência climática. Os dados foram obtidos pela ONG Climate Central, com base em informações do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), que indicam que o nível do mar subiu em média 9 centímetros nos últimos 30 anos. A previsão é que esse aumento possa alcançar 80 centímetros até 2100.
No Brasil, a situação também é preocupante. Um estudo da Universidade de São Paulo (USP) revelou que o nível do mar no estado de São Paulo subiu 20 centímetros nos últimos 73 anos. A previsão é que, até 2050, essa elevação acumulada chegue a 36 centímetros. Esses dados reforçam a necessidade de ações urgentes para mitigar os efeitos das mudanças climáticas e proteger as populações costeiras de futuros desastres.