Dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgados nesta quarta-feira (07) pelo IBGE, revelam que Alagoas apresentou uma variação de 3,4% no volume de vendas no comércio varejista ao longo do ano de 2023. Assim, o estado superou a média nacional, que encerrou o ano acumulando 1,7%, resultado superior a 2022 (1,0%).
“No ano anterior, o resultado havia sido de 1,0% de crescimento, portanto, em 2023, observamos um resultado maior que em 2022, mantendo a tendência de 6 anos consecutivos de crescimento. Também setorialmente, falando em varejo ampliado, observamos uma disseminação de resultados positivos, com apenas 4 das 11 categorias no campo negativo”, avalia o gerente do IBGE, Cristiano Santos.
Em relação a dezembro de 2022, o volume de vendas do varejo variou 1,3%, sétimo mês consecutivo de resultados positivo nesse indicador, com quatro atividades no campo positivo: Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (5,6%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (4,8%), Tecidos, vestuário e calçados (0,4%) e Combustíveis e lubrificantes (0,2%).
Os quatro setores restantes obtiveram resultados negativos: Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-0,9%), Móveis e eletrodomésticos (-3,3%), Livros, jornais, revistas e papelaria (-7,6%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-12,4%).
No varejo ampliado, Veículos e motos, partes e peças teve alta de 7,0%, Material de construção caiu 2,8% e Atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo cresceu 2,7%.
Por categoria
Sete das onze atividades pesquisadas no âmbito do varejo ampliado fecharam o ano no campo positivo. Foram elas: veículos e motos, partes e peças (8,1%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (4,7%), combustíveis e lubrificantes (3,9%), e hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (3,7%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (2,0%), móveis e eletrodomésticos (1,0%) e atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,0%).
Pelo lado negativo, as quatro atividades que sofreram queda em 2023 foram Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-10,9%), Tecidos, vestuário e calçados (-4,6%), Livros, jornais, revistas e papelaria (-4,5%) e Material de construção (-1,9%).
O gerente da pesquisa completa ainda que na categoria Livros, jornais e papelaria já é observada uma tendência histórica de migração dos produtos físicos para os meios digitais, que também seguiu no ano de 2023.
Seis setores em queda
A queda de 1,3% na passagem de novembro para dezembro representa o segundo resultado efetivamente negativo, ou seja, fora da faixa de variação entre -0,1% e -0,5%, e de maior amplitude no ano, após a queda de 0,8% em maio. Houve resultados negativos em seis dos oito setores pesquisados no varejo: Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-13,1%), Móveis e eletrodomésticos (-7,0%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-3,8%), Tecidos, vestuário e calçados (-3,5%), Livros, jornais, revistas e papelaria (-2,3%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-0,5%).
“Pensando um pouco na lógica do comércio, novembro tem passado por concentrar ao longo do tempo a receita de outubro e dezembro, por causa da black friday. As pessoas atrasam as compras de outubro e adiantam as de dezembro por causa desse período. Ainda em comparação com os últimos quatro anos, dezembro de 2023 registrou o menor resultado negativo, com queda de 1,3%”, esclarece Santos.
Apenas dois dos oito grupamentos pesquisados não registraram taxa negativa: Combustíveis e lubrificantes (1,5%) e Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,8%). No varejo ampliado, Veículos e motos, partes e peças caiu 4,5% e Material de construção variou 0,4%.
Queda nas vendas em 13 unidades da federação na comparação com novembro
Entre os meses de novembro para dezembro, as vendas do comércio varejista mostraram recuo em 13 das 27 unidades da federação, com destaque para: Espírito Santo (-14,3%), Rio Grande do Sul (-2,9%) e Paraná (-1,8%). Por outro lado, pressionando positivamente, figuram 14 estados, com destaque para Alagoas (3,5%), Amapá (3,1%) e Goiás (3,0%).
Contudo, varejo ampliado, a variação nesse indicador teve resultados negativos em 20 das 27 unidades da federação, com destaque para: Espírito Santos (-6,9%), Paraná (-5,0%) e Tocantins (-4,7%). Por outro lado, pressionando positivamente, figuram 7 estados, com destaque para Alagoas (2,3%), Amapá (1,8%) e Distrito Federal (1,6%).