A produção de combustível sustentável de aviação, conhecida como SAF, é uma área que vem crescendo no Brasil, e a Alagoas vem se destacando nesse cenário. O grupo Usina Coruripe deu mais um passo nessa carreira, conseguindo autorização para a venda do etanol como matéria-prima para a indústria de bioquerosene de aviação.
No Brasil, apenas cinco usinas tem o certificado ISCC Corsia Plus válidos, ou seja, podem praticar a venda, são elas: as plantas industriais de Raízen, São Martinho e BP Bunge. A venda de etanol para as empresas SAF, poluem 80% menos que p querosene, material utilizado pelas companhias aéreas.
Segundo informações da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o SAF pode ser produzido a partir de várias fontes, como biomassa (caso do etanol), óleos vegetais, gordura animal, gases residuais, entre outros.
De acordo com dados do Balanço Energético de Alagoas (Beal), 87% da matriz energética alagoana é originada de fontes renováveis, tendo a cana de açúcar como principal fonte.
Para a secretária Alice Beltrão, as ações do estado são responsáveis por atrair investimentos em tecnologias renováveis. “Nós já demos o primeiro passo. Ao lado da empresa Essenz Soluções, estamos fazendo um levantamento das condições que temos para oferecer energia renovável. O próximo passo é apresentar esse diagnóstico para as empresas nacionais e estrangeiras com potencial de investimento no setor. Ampliando a nossa presença na produção de energia limpa”, afirmou.
O superintendente de Políticas Energéticas, Bruno Macedo, afirma que os dados do Beal apontam o quanto Alagoas tem potencial para produção de energia renovável. “Os dados do Balanço atestam o quanto Alagoas já é descarbonizada e é um exemplo a ser seguido em todo país. E ainda há espaço para ampliar a oferta”, disse.
O documento que é disponibilizado pela Superintendência de Políticas Energéticas da Secretaria de Estado do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Sedics), aponta ainda que o estado tem desenvolvido ações para ampliar o uso do eucalipto, milho e outras biomassas.