Antecipando os desafios da pós-pandemia, o governo de Alagoas implementou medidas para evitar a evasão escolar. Para enfrentar esse desafio, o Governo criou, em novembro de 2021, o Programa Professor Mentor, que foi apresentado em um evento no estado de Natal, no dia 10 de maio.
Com a participação de autoridades de todo o país, o evento, organizado pela Secretaria de Educação do Rio Grande do Norte, debateu os desafios da educação na região Nordeste.
Com foco no desenvolvimento pessoal, o programa alagoano incentiva os estudantes do ensino médio a realizarem pesquisas interdisciplinares, que abrangem desde a sustentabilidade ambiental até a cultura digital.
Reconhecendo a importância dos professores nesse período desafiador, o governo negociou medidas para valorizar a categoria e garantir a adesão às aulas presenciais.
A partir de então, professores passaram a receber uma bolsa de R$ 1.500, enquanto alunos monitores, um por turma, receberam uma bolsa de R$ 250. Além disso, alunos com frequência mínima de 90% nas aulas foram contemplados com uma bolsa de R$ 150.
Com um crescimento de mais de 22 mil alunos matriculados no ensino médio da rede pública em quatro anos, o superintendente Ricardo Lisboa Martins destacou o êxito do programa, que impulsionou a educação em Alagoas.
Os dados do Saeb revelam uma evolução significativa nas taxas de aprovação em Alagoas. Entre 2021 e 2023, houve um aumento nas taxas de aprovação no ensino médio, passando de 87,7% para 93,8%, enquanto os índices nos anos iniciais e finais permaneceram estáveis em níveis elevados. Além disso, o Inep registrou uma redução na distorção idade-série no período.
Ao analisar os dados dos anos iniciais, finais e do ensino médio, observa-se uma tendência geral de decréscimo nas taxas, exceto em algumas séries dos anos iniciais.
As trilhas de conhecimento, segundo Lisboa Martins, proporcionam um direcionamento para as ações pedagógicas dos municípios, complementando o desenvolvimento das competências socioemocionais dos estudantes. O programa também busca a participação ativa das famílias no processo educacional.
“A gente precisou criar uma estratégia, que era uma forma também de valorizar o professor. Aí, uniu o útil ao agradável. Valorizou o professor, dando uma bolsa a ele, e ele fica dedicado à turma e se envolve em pesquisa para a gente”, resumiu o superintendente.