Alagoas se destaca no cenário nacional de energias limpas, impulsionada pelo crescente número de usinas e cooperativas locais que buscam a certificação para emissão de Créditos de Descarbonização (CBIOs) no âmbito do RenovaBio. Essa atuação, somada a iniciativas públicas de atração de investimentos, fortalece a economia do estado e consolida seu protagonismo na transição energética.
Segundo Bruno Macêdo, superintendente de Políticas Energéticas da Sedics, o setor sucroenergético de Alagoas tem ganhado competitividade, firmando-se como o segundo maior emissor de CBIOs do Nordeste e o nono do Brasil.
A Cooperativa Pindorama se destaca como um exemplo significativo desse avanço em Alagoas, sendo pioneira na adesão ao RenovaBio. A cooperativa foi a primeira no estado a obter a certificação inicial na política nacional de descarbonização, em 2020.
Desde sua certificação inicial, a Cooperativa Pindorama já gerou mais de R$ 7 milhões com os Créditos de Descarbonização, montante que foi repassado aos seus cooperados.
Primeira biorrefinaria brasileira de etanol
Desde que aderiu ao RenovaBio, a Cooperativa Pindorama, aqui em Alagoas, já gerou mais de R$ 7 milhões com a venda de Créditos de Descarbonização, beneficiando diretamente seus cooperados.
A partir de 2026, uma nova operação em Alagoas, utilizando resíduos da produção de açúcar e vinhaça, projeta produzir anualmente 160 milhões de litros de etanol neutro em carbono e 85 milhões de m³ de biometano. A iniciativa tem o potencial de gerar mais de 500 empregos diretos e 1.200 postos de trabalho durante as próximas fases de construção.
A secretária Alice Beltrão destaca que o Governo de Alagoas tem investido no que há de mais moderno na geração de energia. “Nossa matriz energética é 87% originada de fontes renováveis com produção liderada pela cana de açúcar com 47%, segundo dados do nosso Balanço Energético de Alagoas. Nosso estado tem vocação para a produção de energia limpa e investir em políticas públicas, segurança jurídica, infraestrutura, viabiliza a expansão de investimentos, atraindo mais investidores e garantindo novas oportunidades”.
Em Maceió e outras regiões de Alagoas, a Usina Coruripe e a Impacto Bioenergia Alagoas (IBEA) são exemplos de empresas que também integram o RenovaBio, tendo obtido suas respectivas certificações. “Esta política, por meio da certificação para a emissão de CBIOs traz diversos benefícios ambientais, mas também faz com que tenhamos muitos avanços significativos para o estado no setor sucroenergético”, explica Alice.