O diretório estadual do PT em Alagoas contratou Guilherme Barbosa, filho de Ricardo Barbosa, presidente do partido no estado, como advogado para as eleições. O valor do contrato foi de R$ 399 mil, representando cerca de 40% dos R$ 1 milhão destinados a serviços, recurso repassado pelo diretório nacional da legenda. A informação é do portal UOL.
A empresa individual de Guilherme, aberta em julho de 2022, foi responsável por receber o montante diretamente. O advogado, atuante desde 2019, já havia sido beneficiado pelo PT estadual em 2022, quando sua empresa recebeu R$ 10 mil. Outros R$ 115 mil vieram de candidatos petistas no mesmo ano, ampliando sua atuação jurídica dentro do partido.
Segundo a prestação de contas parcial, até a sexta-feira (27), o PT alagoano recebeu R$ 2,3 milhões para a campanha no estado. Desse valor, R$ 1,24 milhão foi destinado a candidatos ou diretórios municipais, enquanto o restante foi usado para pagamentos diversos, incluindo o contrato com o advogado.
Guilherme Barbosa, que se apresenta em suas redes sociais como mestrando em Direito Público pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e especialista em Direito Tributário, não respondeu aos pedidos de esclarecimento sobre os serviços prestados. O espaço permanece aberto para qualquer posicionamento.
Ricardo Barbosa, por meio de nota oficial do PT de Alagoas, defendeu que a decisão foi tomada de forma coletiva pela Comissão Executiva Estadual e foi informada à Justiça Eleitoral, conforme os critérios estabelecidos pelo diretório nacional. A nota critica os ataques midiáticos, afirmando que visam desqualificar o partido e sua liderança, classificando-os como parte de uma “estratégia fascista” para desestabilizar a legenda.
Barbosa é presidente do PT em Alagoas desde 2017. Ex-vereador eleito pelo PSOL entre 2009 e 2012, ele tentou concorrer à prefeitura de Maceió em 2024, mas teve sua candidatura barrada pelo diretório nacional, que optou por apoiar Rafael Brito (MDB). Em protesto, o diretório local decidiu não indicar nomes para a vice na chapa e concentrar-se em candidaturas proporcionais.
Fonte – Extra