Na tarde da última terça (13) uma advogada foi agredida verbalmente e por pouco não foi agredida fisicamente após presenciar cenas de maus tratos contra um animal dentro de um condomínio de Cruz das Almas, parte baixa de Maceió.
Segundo a advogada Eudeslane Toneo, ela foi acionada por uma moradora do condomínio após a mesma flagrar um cachorro dentro de uma lixeira. De acordo com Eudeslane, funcionários do condomínio teriam colocado o animal na lixeira para, supostamente, se desfazer do mesmo.
“Quando eu cheguei lá, a cachorrinha realmente estava dentro da lixeira com esse caixote de plástico em cima dela. A minha cliente só viu porque foi jogar um papel na lixeira. Eles já iam descartar ela de alguma forma”, disse.
Ainda de acordo com a advogada, uma funcionária do condomínio teria afirmado que o dono do animal foi encontrado e que a soltariam em uma rua por trás do condomínio, mas em nenhum momento isso foi comunicado aos presentes, mesmo com pessoas se manifestando para adotar a cachorra.
“Eu falei com o síndico do condomínio e ele falou que a cachorra seria colocada para fora porque ela não é responsabilidade do condomínio, mas ela já está aqui há cerca de dois meses ou mais. Disseram que iam colocar na rua por trás do condomínio, pois haviam encontrado o verdadeiro dono dela, mas essa história não bate, o dono poderia vir aqui buscar, mas não em uma lixeira. Mas em momento algum isso foi comunicado a alguém”, explicou.
Por fim, Eudeslane afirma que, durante a discussão, uma funcionária do condomínio a agrediu verbalmente e tentou agredi-la fisicamente, sendo impedida por dois moradores. Portanto, houve a abertura de um Boletim de Ocorrência pelas agressões e também pelos maus tratos ao animal.
“Então uma funcionária do condomínio tentou me agredir, ela só não me agrediu fisicamente porque ela foi segurada por duas pessoas, mas me xingou, me ameaçou e então fui na delegacia registrar o Boletim de Ocorrência tanto sobre os maus tratos, quanto sobre as agressões e ameaças”, completou.
O condomínio se manifestou afirmando que o animal estaria trazendo transtornos para alguns moradores, “avançando em pessoas” e por isso solicitou que “os órgãos competentes fossem contactados para vir buscá-lo”. Por fim, a administração afirmou estar “empenhada em resolver o problema, colocando-se à disposição para prestar quaisquer informações que forem necessárias”.