José Ailton da Silva, acusado de participar do triplo homicídio que chocou a sociedade alagoana, foi condenado nesta quinta-feira (5) a 63 anos e três meses de reclusão. O julgamento aconteceu mais de sete anos após a tragédia que vitimou Elisabeth da Silva, Onilda Daiane da Silva, grávida de três meses, e o neto de dois anos. O crime ocorreu no município de Pilar, em 2017, quando a casa das vítimas foi invadida enquanto dormiam.
A condenação de José Ailton foi somada com a de seu comparsa, Wedson Santos, que já havia sido sentenciado a 48 anos de prisão. A atuação do Ministério Público de Alagoas (MPAL), com o promotor Sílvio Azevedo, foi crucial na sustentação da qualificadora de motivo fútil e da agravante pela morte de uma criança e uma vítima grávida. Durante o julgamento, ficou claro que a verdadeira vítima seria Daiane, mas a criança foi assassinada após acordar e chorar, conforme relatos do acusado.
O crime foi motivado, segundo José Ailton, por vingança, já que a vítima teria envolvimento na morte de sua irmã, Sandra Maria da Silva, que estava ligada ao tráfico de drogas. Na época, José Ailton confessou o triplo homicídio em coletiva à imprensa, e sua defesa tentou justificar o ato como resultado de uma briga pessoal relacionada ao tráfico.