A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal) e a Editora da Ufal (Edufal) anunciaram um edital de parceria para a publicação de 22 teses e dissertações originárias de programas de pós-graduação de Alagoas. Os trabalhos escolhidos serão lançados oficialmente durante a Bienal.
O documento, além de expressar gratidão pelo apoio de universidades e organizações da sociedade civil, reafirma o compromisso com a democracia, os direitos humanos e as liberdades de imprensa e de expressão.
A carta destaca que os principais debates do encontro girarão em torno da defesa da exigência do diploma de jornalismo para exercer a profissão, da necessidade de regulamentação das grandes empresas de tecnologia (big techs), do combate à disseminação de notícias falsas (fake news), do papel crucial do jornalismo na disputa de ideias e da relevância do jornalismo comunitário.
Segundo a ABI, esses temas podem ser resumidos na ideia de que “sem jornalismo não há democracia”.
“O jornalismo é, ele próprio, um direito. Quando ele se ausenta, a democracia deixa de existir”.
A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) ressaltou a existência de regiões com escassa ou inexistente cobertura jornalística, conhecidas como desertos de notícias. Essa carência informacional torna esses territórios vulneráveis à desinformação e à proliferação de notícias falsas. A entidade defende que o investimento na produção de conteúdo informativo local seria uma estratégia para assegurar o direito à comunicação nessas áreas.
A ABI também levantou a necessidade de regulamentar e responsabilizar as grandes empresas de tecnologia (big techs), classificando essa ação como uma “tarefa civilizatória”. A entidade argumenta que é insensato permitir que essas plataformas lucrem com a disseminação de discurso de ódio e conteúdo criminoso.
A ABI expressa preocupação com o que define como a transformação de veículos de comunicação em verdadeiros “partidos políticos”, alinhados com os setores mais conservadores da sociedade.
A interpretação é que o declínio de grandes empresas de comunicação tradicionais resultou em uma drástica redução de reportagens. Esse vácuo teria sido preenchido nas redes sociais por conteúdos da extrema direita.
A ABI fala em uma perspectiva sombria da comunicação no Brasil “dominada pela mídia comercial e ameaçada pelas plataformas digitais, as big techs e os influencers, que impedem a divulgação da verdade”.
A ABI defende que a solução reside no fortalecimento da comunicação e dos comunicadores comunitários, populares e independentes. A entidade argumenta que esses agentes possuem uma compreensão da responsabilidade política e social da comunicação, o que possibilita uma maior conexão com a realidade da população.