A um ano das eleições, o governador Renan Filho (MDB) e o senador Renan Calheiros ainda não definiram quem vão apoiar na sucessão estadual. É provável que o candidato seja de fora do grupo político, usando a mesma estratégia do seu antecessor de Renan Filho, Teotonio Vilela Filho (PSDB), que favoreceu o medebista na corrida eleitoral.
No leque de nomes encorpados pelo Palácio República dos Palmares e com presenças garantidas em eventos estatais estão os secretários de Segurança Pública, Alfredo Gaspar de Mendonça; de Saúde, Alexandre Ayres; de Infraestrutura, Maurício Quintella; de Educação, Rafael Brito e; da Fazenda, George Santoro.
Porém, nenhum deles é visto, ao menos ainda, com chances de assumir uma candidatura ao Executivo.
O MDB nacional pressiona suas bases para manter ou lançar nomes nos estados. Por isso Renan Filho é forçado a definir um nome do próprio partido no cenário.
Por outro lado, Renan Filho trabalha sua candidatura ao Senado. Deve enfrentar sua eleição mais difícil, com um adversário de longa tradição política: Fernando Collor de Mello (PROS).
Os trabalhos começaram bem antes.
Renan tem a seu favor a máquina estadual e os cofres públicos. O Governo tem mais de R$ 5 bilhões em caixa para gastar em obras e projetos, uma fortuna que atrai prefeitos e vereadores e, claro, votos, através de projetos como Minha Cidade Linda, Alagoas de Ponta a Ponta e Cria.
Collor faz viagens semanais pelo interior alagoano e mexeu na linha editorial da Organização Arnon de Mello, usando e preparando vasta artilharia contra o governador, mas poupando o senador Renan Calheiros.
São os jogos do poder.
Fonte – Repórter Nordeste