Politicamente falando, quem é por nós (o povo)?
Tudo bem que não precisaria ser assim, afinal, a Democracia permite que cada um lute por seus ideais, propósitos e conquistas, ainda que individuais. O problema é que em Alagoas (esta é a regra de décadas) quando uma árvore começa a dar bons frutos, o mau olhado consegue contaminar quase toda a população.
Na política de Alagoas o que mais se vê são raposas velhas sem querer largar a galinha dos ovos de ouro e também comprometendo que o rebanho seja revitalizado.
A política de Alagoas é uma vergonha nacional. Mas como estamos num país polarizado pelos sem vergonha, não há como esperar que tenhamos prosperidade nos indicadores sociais, no fortalecimento do SUS, muito menos na educação de base, porque os professores das séries iniciais estão, entre as mais diversas profissões, no patamar dos piores salários do Brasil.
Dados do IBGE mostram que Alagoas tem 8.5% de sua população na extrema pobreza, ou seja, passando dificuldade para alimentação e água. Pelos cálculos é como se toda a população de Arapiraca estivesse passando fome. E aí? Onde está a turma que comanda a seara política?
Não trabalho com previsão, mas analiso com responsabilidade e compromisso com minha profissão de jornalista. Isto não quer dizer que eu seja imparcial, porque todos temos preferências e repulsas, mas não sou – e jamais serei – desleal com quem não acredito ou abomino.
Há algum tempo Alagoas mudou de rumo. Digamos que desde Ronaldo Lessa, passando por Teotonio Vilela Filho, Renan Filho e agora com os bons números de Paulo Dantas. Também tem sido assim na capital, coincidentemente também com Ronaldo Lessa. Só que o buraco era tão grande – e continua imenso, que é preciso muito mais. Estamos distantes do ideal e não temos paz política para que avancemos com a velocidade prudente.
Saiba você que também há uma faixa de gaza em Alagoas. Não preciso falar aqui, porque temos visto do amanhecer ao anoitecer.
Numa seara com muitos protagonistas e poucos mocinhos, a nossa preocupação é não sermos enganados. Mas eu já vejo sinais – e eles são preocupantes.
Fonte – Blog do Wadson Regis