É altamente desfavorável e inadequado o ambiente de antagonismo existente entre o Governo de Alagoas e a Prefeitura de Maceió.
A antecipação da disputa eleitoral, prevista para o segundo semestre do próximo ano, leva o poder público a seguir uma agenda que não serve aos interesses da coletividade e da população, além de encorajar e autorizar comportamentos impróprios no serviço público, frequentemente praticados por alguns ocupantes de cargos comissionados, que não possuem compromisso com o bem público e ignoram o bom senso e o pensamento crítico – ansiosos por agradar a hierarquia política superior.
A ausência de diálogo e cooperação entre o Governo do Estado e a Prefeitura de Maceió, alimentada pela politização, remonta à gestão de Cícero Almeida, que em alguns momentos chegou a se aproximar do governador Teotonio Vilela (e vice-versa). Anos e administrações passaram, mas os políticos fazem parecer que esse comportamento é aceitável, quando, na realidade, não deveria ser.
O Governo do Estado, que ainda não possui um candidato natural para concorrer à Prefeitura de Maceió, ao optar por não encerrar a disputa prematuramente, antes de apresentar suas realizações – exceto se o objetivo for passar quatro anos promovendo o trabalho da gestão anterior – revela uma preocupante inclinação para a política partidária.
Ao contrário de JHC, Paulo Dantas não se candidatou a prefeito de Maceió. Paulo Dantas não é uma figura política relevante na capital, onde perdeu a eleição, sendo pouco conhecido e sem serviços prestados significativos. E se excluirmos o aparato governamental, ele tem pouca ou nenhuma influência neste eleitorado.
Portanto, é fundamental concentrar esforços no trabalho para obter resultados próprios, pois o ritmo, o tempo e a realidade impõem-se por si mesmos.