O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou nesta segunda-feira (20) que torce para que Donald Trump, ao assumir seu segundo mandato como presidente dos Estados Unidos, conduza uma “gestão profícua” em benefício do povo americano. A afirmação foi feita durante a abertura de uma reunião ministerial, onde Lula também enfatizou a disposição de seu governo em manter boas relações diplomáticas com todos os países.
“Tem gente que fala que a eleição do Trump pode causar problema na democracia mundial. O Trump foi eleito para governar os Estados Unidos, e eu, como presidente do Brasil, torço para que ele faça uma gestão profícua, para que o americano melhore e para que os americanos continuem a ser parceiros históricos do Brasil”, disse o presidente.
Lula reforçou que o Brasil buscará manter relações harmoniosas com todas as nações, independentemente de diferenças ideológicas ou políticas. “Nem com a Venezuela, nem os americanos, nem com a China, nem com a Índia, nem com a Rússia. Queremos paz, harmonia, queremos ter uma relação em que a diplomacia seja a coisa mais importante, e não a desavença”, afirmou.
Durante a reunião, Lula definiu o tom para o terceiro ano de seu mandato, destacando a importância do monitoramento das ações ministeriais. Ele alertou que medidas tomadas sem aprovação da Presidência podem causar problemas.
“Daqui pra frente, é dedicação. Daqui pra frente, nenhum ministro vai poder fazer portaria que crie confusão pra nós sem que essa portaria passe pela Presidência. Muitas vezes, a gente pensa que não é nada, mas alguém faz um negócio qualquer e vem cair na Presidência da República”, destacou.
Lula também comentou sobre as movimentações políticas para as eleições de 2026, afirmando que, embora os adversários já estejam em campanha, o foco do governo deve ser trabalhar e entregar resultados à população.
O presidente ressaltou que uma das prioridades de sua gestão será garantir o acesso a alimentos a preços acessíveis. “É uma tarefa nossa garantir que o alimento chegue na mesa do povo trabalhador, da dona de casa, na mesa do povo brasileiro, em condições compatíveis com o salário que ele ganha”, declarou, reforçando a importância de políticas voltadas para a redução do custo de vida.