O senador Rodrigo Cunha (União Brasil) esteve ausente do Brasil durante uma semana, em missão oficial pelo Senado na China, e essa ausência se deu num momento decisivo para o país: foi justamente quando se discutia em Brasília questões relevantes como o projeto das Fake News, as mudanças no Marco Regulatório do Saneamento e a CPMI do 8 de janeiro.
Perda também significativa para ele foi ficar ausente das negociações para a formação do novo secretariado de JHC (PL), constituído para fortalecer politicamente o prefeito na busca pela reeleição, no próximo ano.
E realmente o prefeito se fortaleceu, recebendo apoios relevantes, do porte do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, líder maior do PL no Estado, e dos seus dois principais concorrentes em 2020 – o deputado federal Alfredo Gaspar (União Brasil) e o ex-deputado estadual Davi Davino (PL).
Da China, na sua ausência física do Brasil, Rodrigo conversou algumas vezes por telefone por JHC e, pelo que se sabe, disse não se sentir representado com nenhum nome da nova equipe do prefeito, tanto que acertaram uma conversa pessoal em Maceió, no feriado de 1o de maio.
Se houve a conversa não se tem certeza, pois tanto o prefeito quanto o senador não se manifestaram a respeito – nem eles, nem nenhum dos seus assessores.
Independentemente de ter respaldado ou não a equipe nova da Prefeitura certo é, a esta altura, que em termos de futuro político resta a Rodrigo Cunha aceitar ser vice na chapa de JHC na eleição de 2024, se é que tal possibilidade está em aberto.
Sendo vice de JHC e ambos sendo eleitos, Rodrigo assumiria o restante de mandato em 2026, com a possibilidade concreta de o prefeito renunciar ao cargo para concorrer ao Senado ou ao governo do Estado.
O interessante nessa hipótese é que, sendo eleito vice de JHC no próximo ano, Rodrigo Cunha abriria vaga definitiva para a médica Eudócia Caldas (mãe de JHC), sua primeira suplente no Senado, assumir dois anos de mandato de forma efetiva.
Além da possibilidade de, efetivado prefeito em 2026 com o quase certo afastamento de JHC, Rodrigo poder ser candidato à reeleição na prefeitura, em 2028.
A outra opção para o senador do União Brasil é não aderir à gestão JHC, não ser vice prefeito dele e, sem outro grupo político disponível, ser candidato a deputado federal, ao invés de tentar renovar o mandato de senador em 2026.
Fonte – Blog do Flavio Gomes de Barros