Na manhã desta quarta-feira (26), o Supremo Tribunal Federal (STF) concluiu o julgamento que resultou no indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e sete aliados. A decisão foi unânime, com votação de 5 a 0 na Primeira Turma da Corte.
O ministro Alexandre de Moraes, relator do processo, acatou integralmente a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), sendo seguido pelos ministros Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin. A denúncia aponta que os investigados teriam participado de uma suposta trama golpista para manter Bolsonaro no poder após as eleições de 2022.
Após a formação da maioria no STF, Bolsonaro se manifestou na rede social X, classificando o julgamento como “uma espécie de atentado jurídico à democracia”. O ex-presidente afirmou que o processo tem caráter político e que estaria sendo conduzido de maneira parcial para impedi-lo de concorrer em futuras eleições.
“Todos sabem que o que está em curso é, na verdade, uma espécie de atentado jurídico à democracia: um julgamento político, conduzido de forma parcial, enviesada e abertamente injusta por um relator completamente comprometido e suspeito, cujo objetivo é se vingar, me prendendo e me retirando das urnas”, declarou Bolsonaro.
Além disso, o ex-presidente comparou sua situação ao que acontece em países como Nicarágua e Venezuela, mencionando que a comunidade internacional estaria atenta ao desdobramento do caso no Brasil. Para ele, há uma perseguição seletiva com acusações vagas de extremismo e ameaça à democracia.
Com a decisão do STF, Bolsonaro e seus aliados se tornam réus e devem responder judicialmente às acusações. O caso segue para as próximas fases do processo, que podem incluir novas diligências e o eventual julgamento de mérito.